Lisboa é conhecida – e procurada – por uma enorme variedade de razões: da Gastronomia aos Descobrimentos, do Fado às maravilhas do imenso Oceanário… há temas para todos os gostos, e para todos gostarem de Lisboa.
E por isso nomeamos as dez atrações turísticas da cidade, sem ordem de importância, pois cada uma tem a sua importância especial:
Mosteiro dos Jerónimos
Está em todas as listas dos lugares a visitar em Lisboa: com o seu estilo único, regista na sua edificação todo um testemunho da epopeia dos Descobrimentos: do encontro com diferentes culturas, do impacto em conhecer “novos mundos” já existentes, das novidades que nos maravilharam. É uma época que se consegue viver, ao olhar atentamente para os pormenores escultóricos e decorativos nas paredes, nos tetos, nos claustros… é o estilo Manuelino, que impregnou o gótico final com uma enorme variedade de temas ligados ao mar e a outras culturas, que surge na época de D. Manuel I. Podemos aqui encontrar o túmulo deste rei, assim como os de outras figuras que participaram na grande aventura de partir pelo mundo fora à descoberta de outros mundos, como Vasco da Gama ou o poeta épico Luís de Camões.
Pastéis de Belém
Além de se estarem a tornar mundialmente célebres – em alguns países já são chamados de “bolos portugueses” – todos temos de concordar que, quem vem a Lisboa não quer deixar-nos sem provar esta iguaria, tão comentada entre os que nos visitam. Surgem no Sec. XIX pela mão dos religiosos que habitavam o mosteiro dos Jerónimos – e o segredo desta receita tem atravessado gerações. Estes bolos têm uma base de massa folhada crocante, e são recheados de um creme de leite, polvilhados com açúcar e canela. São a companhia preferida de um café, ou de um momento de pausa sem olhar a quantidades, já que também são vendidos em pacotes de meia dúzia, quentinhos e a desfazer na boca. Não sendo muito grandes, trazem a desculpa perfeita para nunca comer só um… É ou não é verdade?
Os Elétricos
Quando ele passa, todos queremos entrar, porque o elétrico parece prometer-nos uma aventura pela cidade. E não engana! A pequena carruagem apresenta particularidades de condução únicas – uma caixa de areia (?) para travar quando a rua é íngreme, uma chave de agulhas (??) para mudar a linha (e, consequentemente, a direção nos carris) e um travão de mão giratório, que faz lembrar o leme de um navio – entre outras. O sobe e desce dos carris pelas ruas estreitas, onde as vizinhas à janela estendem a roupa em cordas e nos acenam, o vislumbrar de escadarias onde ao fundo se vê o Tejo, o passar lado a lado por monumentos como a Catedral ou a Igreja de Santo António, com a casa onde este Santo mundialmente famoso nasceu. Andar de elétrico, mais do que viver uma aventura sobre Carris, é integrar o pitoresco cenário da cidade – e aparecer nos postais das lojas de recordações!
Elevador de Santa Justa
Uma torre de ferro em estilo neogótico, de cabines centenárias que sobem a um dos miradouros mais célebres da cidade. Estamos a falar do elevador de Santa Justa, um monumento nacional que já ultrapassou os cem anos de idade e foi criado pelo francês Raoul Mesnier du Ponsard, também responsável pelos funiculares que percorrem as colinas de Lisboa. Se para os lisboetas se trata de um “ilustre” transporte que liga à parte alta da cidade, para quem nos visita é emocionante ver o funcionamento dos cabos, os rendilhados cor de ferro, e no final da curta viagem, aquelas vistas de cortar a respiração.
Rio Tejo
O rio que tem um pouco mais de mil km de comprimento, nasce em Espanha e desagua no Atlântico, mesmo à saída de Lisboa, tem um dos estuários mais largos da Europa que lhe permite receber navios de cruzeiro mesmo no centro da cidade. No rio Tejo há sempre barcos de recreio, escolas de Vela, eventos especiais e festas, que se cruzam com os Ferrys e Cacilheiros de viagens regulares, criando um conjunto harmonioso de cores no azul do rio e do céu. Quando estamos no meio do rio, a cidade ganha outra perspetiva, pois a sua forma de anfiteatro de colinas revela a cidade como um todo, debruçada sobre o Tejo. A ondulação tranquila, a fuga aos barulhos da cidade e a oportunidade de a conhecer no seu conjunto, tirar fotos panorâmicas impressionantes ao sabor da brisa que se aproxima do mar, é das melhores experiências que se podem viver em Lisboa. E como Lisboa tem uma grande sintonia com o rio, fazer parte deste cenário é algo a não perder. Viva esta experiência a bordo do Yellow Boat.
Alfama
Lugar onde nasceu Lisboa, devido aos recursos de água aí existentes (dado que a água do rio Tejo aqui já é salgada, pela proximidade do oceano).
Alfama, com o seu traçado que mostra os antepassados mouriscos e influências do império romano nos seus achados arqueológicos, é um bairro de ruas estreitas, miradouros sobre o rio Tejo, casinhas floridas com cordas nas janelas para estender a roupa ao sol, escadarias e pequenos pátios onde as crianças brincam, sob o olhar dos avós que conversam. É o bairro do Castelo, das célebres Casas de Fado – onde se ouve esta música singular que teve origem em Alfama – das festas de Verão nas ruas, a celebrar o Santo António que nasceu junto à antiga Catedral. Como o sobe e desce das ruas é desafiante, vemos os elétricos a passar, a tocar a campainha enquanto avançam, sempre cheios de olhares curiosos e até maravilhados com a simplicidade do quotidiano, num bairro inserido na cidade, desde há séculos cosmopolita.
Torre de Belém
Virada para o rio, a torre de Belém é dos edifícios mais originais que encontramos na cidade. Outrora para supervisão do tráfego marítimo que entrava em Lisboa, era também das suas janelas que os reis viam as caravelas partir rumo ao fascinante desconhecido. A sua decoração singular em estilo manuelino capta todos os pormenores que ficaram gravados na memória daqueles que viveram no mar, e dos diferentes povos e culturas, até da flora e fauna nunca antes vistas. A torre de Belém é uma joia bem guardada dos tempos áureos dos Descobrimentos, e as emoções que a sua imponência exerce sobre nós fazem-nos viajar no tempo, enquanto saboreamos as vistas sobre o Tejo.
Castelo de São Jorge
Já existiam, há muitos séculos, algumas construções de fortificação no alto desta colina, mas a história mais contada traz-nos até aos tempos do nosso primeiro rei, D. Afonso Henriques, quando tomou o castelo aos mouros que aí habitavam, em 1147. Até à construção de um palácio real, os nossos reis habitaram aqui, e mesmo já na existência de um palácio, o nosso célebre rei D. Sebastião preferia as habitações amuralhadas, ao palácio já mais modernizado para a família real. Quem sobe ao castelo já não vive estas histórias de perto; mas, no momento que avistam o extraordinário panorama sobre Lisboa e o Tejo, percebem porque é que o Castelo é um dos monumentos mais procurados numa visita à cidade. E claro, sentirem-se como reis conquistadores, no alto das muralhas.
Oceanário
Um dos maiores aquários do mundo surge em Lisboa em 1998, quando de uma exposição mundial que teve por tema “os Oceanos”.
Está inserido nessa área de exposição, que foi reabilitada e hoje em dia é a zona mais moderna da cidade. Este grande aquário reúne os oceanos do mundo inteiro e os seus habitats, onde podemos observar a sua vida marinha ao percorrer as salas que dão acesso a cada um desses “oceanos”. O Oceanário é um verdadeiro espetáculo permanente de uma vida que se renova, cheia de cores e de seres diferentes que descobrimos e nos deixam maravilhados: cada visita deixa-nos a sensação de que é sempre uma primeira vez. Ideal, para os que se apaixonam pelo mar e os seus segredos, ou para os que simplesmente se querem deixar envolver por este mundo, sempre fascinante.
Padrão dos Descobrimentos
Se em Belém encontramos edifícios monumentais que evocam a época dos Descobrimentos e chegam até nós, desde essa mesma época, não é o caso do Padrão dos Descobrimentos, embora nos fizesse pensar isso mesmo, data pois de 1940.
Criado para marcar a glória daqueles que participaram no grande empreendimento dos Descobrimentos, desde a engenharia náutica, cartografia, navegação e outras competências necessárias para chegar a “novos mundos”, aqui encontramos várias figuras, sendo algumas delas já conhecidas desde os livros de escola como o Infante D. Henrique – o Navegador, Vasco da Gama, Fernão de Magalhães ou Pedro Álvares Cabral. Entre outros, num total de 32 protagonistas. Inicialmente criado em gesso e cimento, para integrar a Exposição do Mundo Português, é refeito mais tarde em 1960, em betão e pedra rosal de Leiria. Junto ao Padrão, todos se maravilham com a belíssima Rosa dos Ventos implementada no pavimento, alusiva à expansão portuguesa, que foi uma oferta da República da África do Sul. E todos nós gostamos de ali colocar os pés, saltando de país em país ou de um continente para o outro. Quem não?
Este artigo é concluído com a certeza de um sem número de outras tantas atrações que não integraram o top 10 – mas que também gostaríamos que partilhassem connosco nas redes sociais, todas as que descobriram por si próprios – da nossa parte garantimos que poderão conhecer todas, nos nossos tours.